A morte como solução - Cesar Cantu
Há alguns anos, visitei um amigo no hospital: Diabetes. Amputa um dedo, depois outro, e outro, o pé, a perna. Estava lá para amputar ao nível da coxa. Disse-me: “Você não sabe como é difícil a decisão de amputar um componente do próprio corpo”. E, com humor sádico, complementou: “Virei especialista em funerais de partes do meu corpo. Mas, estou tranquilo. Sempre existe a última solução – a morte”. Morreu um ano e meses depois quando decidiu parar o processo de amputações.
Bolsonaro não será derrotado com coligações puras de esquerda. Não há voto suficiente. É ilusão esperar, da população, o que ela não é. Para tirar Bolsonaro será preciso fazer coligações com a centro-direita, submeter-se a uma espécie de amputação ideológica. É decisão difícil? É e não há alternativa.
Mas, não se desesperem os puritanos ideológicos: Sempre há a última opção: A morte, no caso, o CONTINUE BOLSONARO. A morte em massa de milhões de brasileiros e um país transformado em cinzas.
César Cantu
São Paulo, 08.12.21