Já são mais 7 mil casos da dengue no DF só este ano
A situação alarmante da dengue na capital federal revela a escalada da doença em 2020. Entre janeiro e fevereiro, a Secretaria de Saúde conformou o aumento de 294% em um mês. De acordo com boletim epidemiológico divulgado nesta sexta-feira (6/3), de 29 de dezembro de 2019 a 29 de fevereiro de 2020, foram registradas 7.010 ocorrências, enquanto, de 29 de fevereiro de 2020 a 25 de janeiro deste ano, computaram-se 1.419. Houve seis casos graves, e uma pessoa morreu em 2020. Das vítimas da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti em janeiro e fevereiro, 6.405 (91,4%) moram no Distrito Federal e 605 (8,6%), em outras unidades da Federação. Ceilândia, com 737 casos, Gama, com 559, e Sobradinho 2, com 434, são as regiões administrativas com maior índice de dengue.
Tendas
Para facilitar o atendimento, o GDF instalou, no total, 10 tendas de acolhimento. Oito delas ficam em Planaltina, no Guará, em Taguatinga, no Gama, Paranoá, em Brazlândia, na Asa Norte e no Sol Nascente. De acordo com a Secretaria de Saúde, 2.397 pessoas receberam assistência emergencial entre 19 de fevereiro e 2 de março. Outras duas estruturas semelhantes são gerenciadas pelo Instituto de Gestão Estratégica em Saúde (Iges/DF) nas unidades de pronto atendimento (UPAs) de Sobradinho e Ceilândia. Nesses locais, 1.278 pacientes foram atendidos, sendo que 536 tiveram a confirmação da doença. A previsão é de que mais uma tenda seja instalada na UPA de São Sebastião e outras duas no Hospital Regional de Santa Maria.
Estado de emergência
Com a escalada dos índices de dengue no DF, o governador Ibaneis Rocha (MDB) assinou, em 24 de janeiro, um decreto que declara situação de emergência no âmbito da saúde pública. A medida permanece em vigor até junho. “Fica declarada situação de emergência (...) em razão do risco de epidemia de dengue, potencial epidemia de febre amarela e da possível introdução dos vírus zika e chicungunha no Distrito Federal, bem como da alteração do padrão de ocorrência de microcefalias no Brasil”, detalha o