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Mais um papel da bananeira

Produtora rural e artesã no Núcleo Rural do Caub I, Gizelma Fernandes, 46 anos, decidiu mudar de vida partindo da crença de que é necessário buscar um sentido mais profundo no que se faz. Foi então que, há 16 anos, deixou o emprego em um escritório para apostar na produção de papel a partir do tronco de bananeira. Hoje,  ela produz aproximadamente 500 folhas de 0,70 x 1 metro ao mês, vendidas na internet e em uma loja própria no shopping popular.

 

A matéria-prima é extraída de um sistema agroflorestal de aproximadamente um hectare cultivado na chácara onde vive, no CA Catetinho – Caub I. “Chega um dia na vida que a gente se pergunta se aquilo que está fazendo é realmente o que a gente tem que fazer na vida. Porque acredito que todas as pessoas têm uma semente pra realizar. Eu achava que aquele trabalho no escritório não era a minha. Como a flor se torna flor, qual era a semente que eu tinha para o mundo?”, lembra.

 

A ideia de que a semente estava no papel de tronco de bananeira surgiu literalmente de um sonho. “Eu tive um sonho, no qual ensinava crianças a fazer papel reciclado. Mas não sabia nada sobre isso e comecei a pesquisar. Isso foi em 2004. Consegui um curso no Museu Vivo da Memória Candanga, naquele mesmo ano. E, a partir daí, trabalho com isso”, conta. Foi em 2005 que Gizelma montou a empresa Flor de Bananeira.

Com informação da Emater-DF