Democracia - César Cantu
Sem muita delonga, por ser percepção coletiva consolidada, afirmo que a nossa decantada Democracia Representativa é um engodo criado para perpetuar o poder da elite: Os cidadãos elegem o seu representante, mas não decidem os seus próprios destinos e do país.
A elite é o 3% dos ricos que arrebanham, via usurpação institucionalizada, 99% da renda e riqueza da sociedade. Em decorrência, medonha miséria, medonho nível de injustiça.
Que tal a Democracia Popular com base na Célula Familiar, a nossa célula-raiz herdada, geneticamente, dos nossos ancestrais animais, e que se mantém forte há quatro milhões de anos?
É muito simples. Cada família discute e elege o seu representante da Célula Familiar. Os representantes familiares elegem o seu representante da Célula Local (Quarteirão, bairro, escola, empresas e outros conforme definição prévia). Os representantes locais escolhem o seu representante do Conselho Distrital (Norte, sul, leste, oeste e subdivisões, conforme o tamanho da cidade); estes, os representantes do Conselho Municipal; estes, os representantes do Conselho Estadual e estes, os representantes do Conselho Nacional. O Conselho Nacional elege o Presidente que indica o 1º Ministro e este escolhe os seus Ministros de Estado.
As indicações em cada nível (Municipal, Estadual e Nacional) devem ser referendadas em eleição livre de todos os eleitores até o seu nível de representatividade. Da mesma forma, decisões estratégicas de políticas públicas devem ser referendas de acordo com a hierarquia acima, até o seu nível de abrangência. Por exemplo, o Plano Diretor Municipal deve ser discutido e aprovado desde o nível da Célula Familiar até o Conselho Municipal.
Pode-se perceber o quanto é selecionada a capacitação dos representantes conforme se sobe na hierarquia representativa. Por exemplo, o Presidente, deve passar por seis níveis de seleção e, ainda, receber o referendo popular. Isso elimina a ascensão de aventureiros oportunistas, como tem ocorrido ao longo do tempo. Para ser representante, não basta ser artista, jogador de futebol, radialista ou outros “mitos” que podem ser muito importantes para a sociedade, mas que não os credenciam, previamente, para a representação popular e do país. Para melhorar, graus mínimos de capacitação podem ser exigidos para cada nível de representação.
César Cantu
2021.05.29
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