Privatização estratégica - César Cantu
Estratégia refere-se aos meios (planificação, métodos, recursos e processos) indispensáveis para o alcance de um objetivo vital.
Quando um fator indispensável para o Estado não puder ser substituído internamente, ele é considerado de elevado valor estratégico para a nação e ela o mantém sob controle direto, via estatização ou empresas estatais. Podem ser citados o sistema de defesa nacional, as fontes de energia elétrica ou de hidrocarbonetos (Geração, transmissão e distribuição), a água potável - (Fonte, tratamento e distribuição), a estrutura básica de telecomunicações. Como exemplo, das 25 maiores empresas petrolíferas do mundo, 19 são estatais, incluindo as 6 maiores. Das privadas, 4 são americanas porque, como os EUA pretendem controlar todo o petróleo do mundo, precisam dar exemplo mantendo as suas privatizadas.
Outros fatores devem ser tratados de médio valor estratégico, com parte nas mãos de terceiros, porém, sob rígido controle. Como exemplos, a preservação ambiental, as terras agriculturáveis, os meios de transporte (De carga ou passageiros) monopolizados (Como oleodutos) e outros.
Alguns fatores de produção muita diluída, mas de interesse direto à preservação da vida (Itens sociais como alimentação, saúde, educação, segurança, moradia e outros) são geridos de forma híbrida, como alto ou médio valor estratégico, porém, sob controle direto do Estado.
O governo Bolsonaro, aderindo, de forma serviçal, aos interesses imperialistas dos EUA, decidiu privatizar muitos fatores de alto e médio valor estratégico como os meios de energia petrolífera e elétrica e a água e, inclusive, itens de segurança nacional. Além disso, escancarou as portas para a posse de nossas terras ao domínio estrangeiro.
Deixar nas mãos de terceiros, quer seja outro Estado ou iniciativa privada, um meio de alto valor estratégico, é ato de antinacionalismo e antipatriotismo, um crime de lesa-Pátria, lesa-Povo por deixar a nação e seu povo altamente vulneráveis.
César Cantu
2021.05.12