Biden, Bolsonaro, elite e povo - César Cantu
Há, pelo menos, 12 mil anos, quando a revolução agrícola começou a oficializar a posse privada da terra, o poder e a riqueza têm estado nas mãos de uma elite minoritária, apesar dos esforços em contrário. Isso significa que a luta de classe da maioria tem sido um fracasso em termos de conquista do poder.
Paradoxalmente, durante todo esse tempo, a humanidade tem evoluído no sentido desejado pelas massas, e contra os desejos da elite empoderada. Portanto, no longo prazo, os resultados têm se invertido: A elite perdendo suas conquistas e as massas avançando rumo à evolução humanitária.
O discurso reformista de Biden, ao comemorar seus 100 dias de governo (28.04.2021), é uma prova desse avanço humanitário, mesmo que temporário. Defendeu e está tomando medidas concretas para avançar nas bandeiras de luta das esquerdas e das massas: Fortalecimento da função do Estado, exaltação da preservação da vida via vacinação, cobrança das empresas e bilionários para o financiamento, via aumento de impostos, de programas sociais voltados, principalmente, ao acesso à saúde, à educação e ao sustento, combate ao racismo, maior controle da posse de armas e outras.
E Biden atacou: Enquanto 20 milhões de americanos perderam emprego e renda na pandemia, os 650 bilionários viram aumentar seu patrimônio em US$ 1,0 trilhão.
E Biden fez apelos taxativos:
- População, vacine-se.
- Congresso, aprove os pacotes de US$ 2,2 trilhões para que o Estado possa ingerir sobre o mercado na criação de empregos e cumprimento das metas socioambientais.
E alfinetou: “Wall Street (Capital financeiro) não construiu o país; a classe média (Trabalho) construiu”.
CUIDADO - ALERTA: Biden fala para os americanos, não para o mundo. Ele defende americanos, não os cidadãos do mundo. Em nada a geopolítica de exploração dos EUA irá mudar com ele.
CONSELHO: Bolsonaro, marque uma entrevista com Biden. É questão de vida ou morte para o povo brasileiro.
César Cantu
2021.04.29
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