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Cleptocracia - Estado governado por ladrões - Jorge Serrão

Primeiro de Abril é o Dia Internacional da Mentira. Exatamente por isso, vale a pena celebrar a data com uma Verdade Inconveniente. O Brasil não é uma Democracia. Alegar que “somos um País democrático”, no qual “as instituições funcionam normalmente”, é uma descarada conversa fiada para enganar quem não quer ou não consegue enxergar, compreender e interpretar a realidade com base em conceitos e valores verdadeiros. 

Não temos pressupostos de Democracia no Brasil. Não temos Segurança Jurídica. O Direito é vilipendiado e cafetizado por uma cada vez mais sofisticada Organização Criminosa. Não temos Justiça. Os poderes não funcionam direito, em favor do povo, principalmente o Judiciário - que poderia ser uma balança contra abusos e desrespeitos aos princípios legais. Aqui também não exercitamos a “Razão Pública” - outro fator imprescindível para ser democrático. Ou seja, no Brasil temos uma Cleptocracia - Estado governado por ladrões.

Democracia no Brasil? Fala sério… Só se for “DEMO-Cracia” (regime do Demônio). Quem comanda e controla o País é o Crime Institucionalizado. Favor não confundir com “Facção Criminosa”. O Crime se organiza através da associação delitiva entre bandidos profissionais de toda espécie e os membros do Mecanismo Estatal, nos vários poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário, Militar) e nos três níveis (União, Estados e Municípios).

O regime do Crime Institucionalizado não pode ser chamado de Democracia. Mas pode e deve ser xingado de “Democradura” (mistura canalha de democracia falsificada com ditadura criminosa). A organização criminosa estatal tem e exerce hegemonia sobre o Estamento Burocrático (ou Establishment). As oligarquias regionais que sempre mandaram (e desmandaram) no Brasil dividem o “Condomínio do Poder” com a bandidagem organizada. É a Anarquia Feudal. Vale a "Lei dos Homens". Tal verdade dói…

A mentira (repetida) enche o saco! Todo dia 31 de março e 1 de abril, a esquerdopatia festiva comemora o que chamam de “Golpe Militar” ou “Ditadura de 1964”. A turma da sinistra ideologia pinta o governo dos Presidentes Generais (1964 a 1985) como um tempo de “violação de direitos humanos, torturas e mortes de presos políticos”. Seus papagaios na mídia repetem dados contidos no livro “Direito à Memória e à Verdade” contando que “435 militantes políticos morreram sob tortura, tiveram suas mortes simuladas como suicídios e atropelamentos ou tiveram suas prisões não assumidas e seus restos mortais desaparecidos”.

Copia e cola o que a esquerda repete: “No Brasil, a radiografia dos atingidos pela repressão política ainda está longe de ser concluída, mas conforme levantamento da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos da SEDH-PR sabe-se que pelo menos 50 mil pessoas foram presas somente nos primeiros meses da ditadura militar e cerca de 20 mil brasileiros passaram por sessões de tortura. Além disso, existem 7.367 acusados e 10.034 atingidos na fase de inquérito em 707 processos judiciais por crime contra a segurança nacional; sem falar nas milhares de prisões políticas não registradas, nas quatro condenações à pena de morte, nos aproximadamente 130 banidos, nos 4.862 cassados, nas levas de exilados e nas centenas de camponeses assassinados. Ainda conforme levantamento feito pela Comissão Nacional da Verdade, 191 brasileiros que resistiram à ditadura foram mortos, 210 estão até hoje desaparecidos e foram localizados apenas 33 corpos, totalizando 434 militantes mortos e desaparecidos. E os agentes dos órgãos de repressão do Estado que foram até agora identificados, responsáveis pelas torturas e assassinatos, totalizam 337”.

(Parêntesis importantíssimo: Os Clubes Militar, Naval e da Aeronáutica lembram que 126 militares, policiais e civis foram assassinados por ações da chamada “luta armada contra a Ditadura”. É irracional e desumano comparar o “placar” de 434 a 126. Acontece que, a bem da verdade, a contabilidade funérea de ambos os extremos ideológicos deveria ser lembrada, historicamente, para que não se repita em escala mais mortal. O problema é que extremismo ideológico degenerou em facções criminosas e milícias que, há décadas, transformaram o Brasil em um cemitério no falso regime democrático).   

A tal Nova República (1985 até agora) foi e continua sendo inegavelmente mais feroz e assassina que a tal “Ditadura de 64”. Números assustadores comprovam o “Governo do Demo) no Brasil. A conta é amarga: O Atlas da Violência registra que ocorreram 618 mil assassinatos entre os anos de 2007 e 2017. Entre as vítimas fatais, 92% eram homens. A grande maioria jovens. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública também traz outro dado mortal da Democradura pós-1985: tivemos 693 mil desaparecimentos entre 2007 e 2017. A taxa de solução dos homicídios dolosos é de lamentáveis 6% - conforme contas da Estratégia Nacional de Defesa e Segurança Pública.

Pelos números violentos, alguém em sã consciência ousa negar que já sobrevivemos em meio a uma Guerra Civil no Brasil? O Establishment da Nova República prefere não debater, publicamente, essas informações verdadeiras e assustadoras. Agora, a narrativa mortal só fala das mortes por Covid-19. Aliás, ficamos com a falsa impressão de que só se morre no Brasil por causa do vírus que veio da China. O fato concreto e objetivo é que o Crime Institucionalizado no Brasil exterminou infinitamente mais gente que o Covidão.

O Brasil tem de discutir, com seriedade e equilíbrio, a verdade inconveniente do extermínio diário de nosso povo. Celebrar ou condenar “Ditadura”. Devemos ter clareza sobre qual ditadura estamos falando. A ditadura que acaba com a gente (hoje e há muito tempo) é a Ditadura do Crime Institucionalizado. Ela assassina direta e indiretamente, via corrupção sistêmica, que extermina as oportunidades de progresso econômico e de desenvolvimento social.

O Dia Internacional da Mentira é justo e perfeito para lembrar da vergonha nacional que só agrava nossa tragédia em tempos de pandemônio do coronavírus. O Crime Institucionalizado é uma doença que o Brasil tem de curar, urgentemente. A Guerra Civil tende a se agravar, degenerando em conflitos sociais e violência descontrolada, turbinada pelo agravamento da crise econômica, com desemprego e falta de grana inclusive para comprar comida… Vida boa (aparentemente) só para quem tem renda para “ficar em casa” - até a hora em que a barbárie expulsar o acomodado da residência...

Haja vacina, galera! A Democradura tupiniquim é feroz!