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Sobrou até para o pãozinho - Carlos Maurício Mantiqueira

Antigamente o pão francês era vendido por unidade (R$ 0,50 se não me engano). 

Algum “gênio” determinou que fosse vendido a peso ( X reais por quilo).

Resultado: hoje em dia é raro encontrar um pãozinho por menos de R$ 0,85.

Além disso, por economia de energia, diminuiu-se o tempo de forno. Hoje as peças estão quase cruas e sem a tradicional casquinha.

O consumidor é vilipendiado diuturnamente.

Uma grande rede de supermercados funciona como um cassino do Al Capone. Os diretores e gerentes tem um prazer sádico de irritar os clientes.

Trocam produtos tradicionais por marcas desconhecidas (muitas delas próprias da rede). A qualidade é inferior e o preço igual ou superior ao do produto substituído.

Há um exemplo clássico de fidelidade pela proximidade.

As padarias e, mais recentemente, os supermercados próximos, exercem uma verdadeira “ditadura” em relação a seus vizinhos.

Uma inteligente youtuber que mora em Milão, disse que lá é hábito tomar o café da manhã num bar ou confeitaria.

Em Buenos Aires, nos últimos trinta anos, esses costumes europeus tem diminuído muito. Comer uma medialuna (de manteca o de grasa) fresquinha é (ou quase era) um raro prazer.

Lá, os cafés têm substituído mesas e cadeiras po banquetas estilo poleiro.