Ano Novo Virtual! Velhas práticas físicas? Rodrigo Leitão
Enfim, desejos rotineiros de tudo de bom para todos (Deus nos socorra sempre!). Nesse período afastado recebi alguns convites, dei algumas palestras, produzi alguns conteúdos áudio visuais e escrevi bastante (estou numa pós-graduação que Ave Maria, cada semana é um artigo e um rosário). Mas nada foi mais salutar que um encontro com amigos no fim do ano passado... amigos de looooonga data. Falávamos sobre tudo e todos, do Oiapoque ao Chuí, do capitalismo ao socialismo, do Flamengo ao Liverpool, do Brasil ao Japão, do preto e do branco, do doce e do salgado e, por fim, das novas necessidades sociais e virtuais. O que isso quer dizer?E eis que chegou (finalmente!) o ano dobrado e bissexto. Lá se vai o mês carnavalesco ter 1 dia a mais. No melhor dessa situação caiu dia 29 num sábado (aleluia!!). Vamos então logo ao que interessa, afinal, já estive semanas por demais afastado desse maravilhoso lugar.
A minha pós-graduação é em Direito Digital, estou lá a aprender a teoria dos motivos de tanta gente precisar valer-se de redes sociais para terem uma dose, por vezes placebo mesmo, de felicidade. Enquanto isso, de um outro lado pessoas fazem dessa vida na telinha do celular um ganha pão. E ganham brioches e baguetes também! Aí veio uma pergunta severa de um desses caras: Rodrigo, você que trabalha com a área digital do Direito, vale a pena?
Alguns instantes eu realmente fiquei a pensar nisso e em todas as situações envolvidas como tempo, disposição, entrega, qualidade, assuntos, imagens... e percebi que a vida que o pessoal influenciador digital leva merece respeito e aplausos. Tem muito trabalho envolvido e tem gente que leva a qualidade a um nível que deixaria Ishikawa abismado. Quando observamos de fora aquele levantar de celulares, cliques, vídeos, fotos podemos até crer que são pessoas que não possuem vida, que vivem de aparência ou mesmo que não desgrudam do celular... ledo engano!
Em nossa última reunião de trabalho do ano que se foi, meu sócio e eu discutíamos a qualidade do nosso próprio trabalho entregue para uma agência de influenciadores aqui do DF. Erramos e acertamos, aprendemos e ensinamos, porém, vimos com lupa o quanto a diretoria trabalhou, o quanto foi conquistado por elas e, por fim, respeitamos muito mais em 2020 que respeitávamos em 2019. Sabe o motivo?
Ser um influenciador digital é oferecer a sua existência quase que de fato, é abdicar de muitas situações particulares. “Mas isso não é nada comparado ao quanto que elas ganham!”. Olha, como prestador de serviço eu bem sei que esse mundo cor de rosa não existe assim tão facilmente. Trabalho sim, grana vem depois – bem depois!
Findo, elogiando uma pessoa em especial que representa a vida virtual que nunca tive, mas também a vida normal que desejo alcançar. Ray Milhomem, hoje eu dedico a você estas linhas. Obrigado e receba meus aplausos!!!
Feliz 2020 a todos e vamos trabalhar!