Empossado novo secretário de Cultura do DF
O governador Ibaneis Rocha deu posse nesta segunda-feira (23/12) ao novo chefe da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o jornalista Bartolomeu Rodrigues, que já chega ao GDF com quatro desafios: organizar as comemorações do 60º Aniversário de Brasília e do Carnaval, no ano que vem, tocar o projeto de reabertura do Teatro Nacional e construir o Museu da Bíblia.
“Eu sei que você tem competência. Eu estou tranquilo porque eu sei que você vai dar conta de tudo”, atestou Ibaneis, em rápida cerimônia de posse em seu gabinete, no Palácio do Buriti.
Ao ser empossado, Bartolomeu já tinha a lista de desafios na ponta da língua. “Não podemos chegar a essa data sem o Teatro Nacional funcionando”, afirmou o secretário. Segundo ele antecipou, antes de aceitar o convite, o governador Ibaneis já havia pedido a ele que colocasse um olhar nos assuntos prioritários da pasta da Cultura.
Pernambucano de Serra Talhada, Bartô – como é carinhosamente chamado pelo governador – fez questão de acalmar os foliões sobre as incertezas que cercam o carnaval brasiliense a cada ano. Ele só não sabe ainda o formato da festa do ano que vem, mas admitiu ser mais simpático aos blocos de rua, conforme a tradição de sua terra natal.
“Tenho um carinho aos bloquinhos de rua. Tenho origem pernambucana”, enfatizou. “O estado não pode ser Mecena da Cultura.”
Sobre o Museu da Bíblia, cuja pedra fundamental foi lançada no último dia 18, Bartô disse que precisaria se inteirar do assunto primeiro, antes de se posicionar. O espaço será erguido no Eixo Monumental, próximo à Estrada Parque Indústrias de Abastecimento (Epia), entre o Cruzeiro e o Setor Militar Urbano (SMU), e terá dimensão de 15 mil metros quadrados.
Correção de rumos
Bartô assume no lugar de Adão Cândido, exonerado na última quinta-feira (19). A mudança de titular da pasta foi explicada pelo governador. “O Adão fez um bom trabalho, mas eu acho que precisamos avançar, pacificar um pouco o setor cultural. Ele ficou muito desgastado com os embates. É uma mudança de rumo dentro da Cultura. Não voltando ao passado, que não deu certo. Então, acredito que o Bartô tem mais condições, sem desmerecer o Adão”, ponderou Ibaneis.
Adão Cândido priorizou justamente a restauração de monumentos e espaços culturais, como o Teatro Nacional, em detrimento aos projetos da classe artística da capital federal. Um dos episódios que deram a medida do mal-estar entre o titular da pasta e os artistas, nos onze meses de gestão de Adão, foi o cancelamento do edital Áreas Culturais, do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) de 2018.
Vacinado contra qualquer tipo de movimento que possa culminar em uma relação conflituosa com seu maior parceiro, Bartô assegurou que irá conversar com a classe artística. “Ela não vai ficar desamparada”, garantiu.