Novos equipamentos para a Caesb
Para avaliar de forma ainda mais criteriosa a água distribuída na capital federal e garantir que a população a consuma com a melhor qualidade possível, o Laboratório Central da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) adquiriu novos equipamentos neste ano. O investimento custou cerca de R$ 3 milhões e foi garantido com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Foram comprados equipamentos para cromatografia líquida, cromatografia gasosa, espectrofotometria de alto desempenho e para análise de produtos químicos utilizados nos processos de tratamento. Esses equipamentos serão usados no Laboratório de Físico-Química da Caesb, que faz o monitoramento da qualidade da água de todos os mananciais superficiais e subterrâneos utilizados no abastecimento público.
Os instrumentos estão em fase final de ajustes e os técnicos da Caesb estão em treinamento. Já aquisição dos reagentes específicos para o funcionamento dos aparelhos está em fase de licitação.
Por meio dos equipamentos de cromatografia líquida e cromatografia gasosa com espectrômetro de massa acoplado, que utilizam tecnologia de ponta, é possível identificar e determinar a quantidade de contaminantes orgânicos na água bruta e tratada, caso estes estejam presentes. Os contaminantes orgânicos incluem agrotóxicos, fármacos e diversos aditivos químicos utilizados no dia a dia, como conservantes, corantes, antioxidantes, emulsionantes e estabilizantes, entre outros.
O espectrofotômetro de alto desempenho melhora as pesquisas de fósforo em água. O fósforo é um elemento importante, mas quanto está presente em quantidade excessiva na água torna-se um problema, uma vez que é um nutriente essencial para algas. A multiplicação descontrolada de algas impede a penetração de luminosidade na água, reduzindo a quantidade de oxigênio para peixes e outros organismos aquáticos. Por isso, o controle da presença de fósforo no ambiente é fundamental para impedir a proliferação desses organismos.
Já a aquisição do reator calorimétrico possibilita uma avaliação importante da cal, utilizada para alcalinização de águas. O reator avalia a eficiência da cal por meio de seu poder calorimétrico, garantindo que esse produto usado para a correção de pH nas estações de tratamento de água seja da melhor qualidade.
A coordenadora de Análises Físico-Químicas da Caesb, Cinthia Mesquita Cavalcanti, explica que a complexidade dos equipamentos analíticos de grande porte exige que eles sejam operados por químicos especialistas do Laboratório de Físico-Química. “Nossos técnicos possuem pós-graduação e mestrado. E são totalmente qualificados para a operação desses equipamentos”, defende Cinthia.