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O pecado, o Sinodo dos Bispos e o SOSRIBERÃO

Terminou sábado (26/10) o  Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia, cujo documento final diz que a defesa da Amazônia depende de uma verdadeira “conversão ecológica e cultural”, passando pelo combate ao “pecado ecológico”.

 Em sua encíclica “Laudato Si”, de 2015, o Papa Francisco já alertava aos cristãos de todo o planeta sobre uma necessária “conversão ecológica” e conceituava como “pecado ecológico” todo e qualquer desrespeito à natureza por representar um desrespeito ao “Criador”, e à sua obra, que são o planeta Terra, não apenas a Amazônia, mas todos os biomas planetários e todos os seres vivos que neles convivem.

 Essa tardia conclusão papal reforça a percepção da necessidade de cuidados urgentes para com a nossa única morada terrena e a superação do maléfico antropocentrismo como preceito cristão. A esmerada criação divina da vida na terra se encontra ameaçada em sua sustentabilidade pela desatenção ambiental dos nossos modelos de crescimento econômicos, cegos e vorazes nas agressões destrutivas do meio ambiente que é de todos. 

  Durante 3 semanas, 250 pessoas, entre bispos, padres, religiosas, líderes indígenas, membros de outros grupos religiosos e especialistas nos temas da Amazônia que, somente agora, chama a atenção da igreja católica, se reuniram alarmados e redigiram um relatório final. 

 Entre os pontos mais importantes do documento estão:

 O conceito de “pecado ecológico” como uma “ação ou omissão contra Deus, contra o próximo, a comunidade e o ambiente” e o chamado à conversão e o cuidado da “casa comum”, isto é, o planeta Terra.

  • Para isso, é preciso promover uma “ecologia integral como único caminho possível”. A idéia é não separar as questões ecológicas dos problemas sociais.

  • Proposta de criação de um observatório da Igreja para denunciar problemas ambientais e sociais, promovendo a “defesa da vida” e “defendendo os direitos dos mais vulneráveis”.

  • Pedido de maior mobilização da comunidade internacional para destinar recursos econômicos para a proteção da floresta e para a promoção de “um modelo de desenvolvimento justo e solidário” na Amazônia.

  • O texto faz fortes denúncias dos crimes contra os direitos humanos na Amazônia, dizendo que há “impunidade na região com relação a violações” desses direitos e “obstáculos para obter justiça”.

 SOS Ribeirão Sobradinho

Nossa espécie humana vem atuando no sentido de invibializar a nossa sobrevivência no planeta, agredindo águas, solos, ar e toda forma de vida concebida pelo criador. Vejam o que ocorre com o Ribeirão Sobradinho! 

 Nosso Ribeirão Sobradinho nasce nas proximidades da Quadra 18 de Sobradinho, banha Sobradinho II, banha o Itapoã e leva nossos pecados ambientais para o Rio São Bartolomeu na vizinha Região Administrativa de Planaltina.

 São 4 administrações regionais do Governo do Distrito Federal que necessitam se redimirem de suas desatenções e desrespeitos para com o precioso bem natural que é o meu, o seu, o nosso Ribeirão Sobradinho. 

 A atual e já bem fundamentada legislação ambiental precisa e deve ser acionada pelos profissionais do Direito Ambiental. Para assegurar o difuso direito à qualidade ambiental necessária para a melhoria dos níveis de qualidade de vida dos moradores da micro bacia do Ribeirão Sobradinho.  

 Nossos deslizes comportamentais contrários à conservação da nossa qualidade ambiental podem/devem ser corrigidos com a abordagem pedagógica da Política Nacional de Educação Ambiental, instituída pela Lei 9795/99, e outras várias ações possíveis ao alcance de todos.

 Deve haver algo que você possa fazer para ajudar na revitalização do Ribeirão Sobradinho. Participar da destruição ou zelar pela revitalização?  Os indiferentes demonstram que já escolheram um lado. A justiça divina pode até tardar, mas levará os danosos ambientais para o inferno. 

 Cruzes!!!!! 

 (José Leitão – com pesquisa no portal G1 na internet)